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CineClube MuseCom: Repensando o Abril Indígena #Abril2024

Publicado em 19/04/2024, 13:10

Em alusão ao Dia dos Povos Indígenas, rememorado em 19 de abril, o MuseCom divulga uma lista de filmes sobre a temática. Foram selecionados filmes de autoria indígena (Mbya Guarani e Kaingang) para refletirmos suas realidades a partir de suas próprias produções. 

 

  • Nossos espíritos seguem chegando - Nhe’ẽ kuery jogueru teri | BRA | Direção: Kuaray Poty/Ariel Ortega e Bruno Huyer | 2021 | Sinopse: O curta-metragem mostra Tekoa Ko’eju, Pará Yxapy, indígena Mbya Guarani, dedicando os primeiros cuidados a seu filho, ainda no ventre. O filme mostra as reflexões junto com seus parentes, acerca dos sentidos de sua gravidez em meio a pandemia de COVID-19 no Brasil e acompanha os dias antes de Pará dar à luz, as conversas entre as mulheres próximas, a preparação das comidas e das ervas.  

 

  • Ga vī: a voz do barro | BRA | Direção: COMIN-FLD, Coletivo Nẽn Ga e Tela Indígena | 2022 | Sinopse: Animação curta-metragem criada através das memórias narradas por Gilda Wankyly Kuita e Iracema Gãh Té Nascimento, lideranças indígenas no sul do Brasil. As imagens e os sons foram captados na Terra Indígena Kaingang Apucaraninha (PR), durante o encontro de mulheres “Ga vī: a voz do barro, conversando com a terra”, 2021. O filme conta histórias Kaingang sobre a tradição da cerâmica, o barro, a ancestralidade e as cosmovisões a partir das vozes anciãs.

 

  • O Último Sonho | BRA | Direção: Alberto Alvares | 2019 | Sinopse: O filme é uma homenagem a Wera Mirim, grande líder da aldeia Sapukai, na região de Angra dos Reis (RJ). Essa homenagem vai alcançar camadas mais profundas do que um simples memorial pois, além de trabalhar com imagens de arquivo do xeramoin (avô, um dos mais velhos da aldeia, na língua guarani) o cineasta mostra essas imagens aos parentes que o conheceram, dando-nos a dimensão do vasto conhecimento que o personagem detinha, mas também registrando a comoção dos espectadores guarani à forma como sua presença alargava e incentivava o sentido da vida em comunidade.

  • Teko Haxy – Ser Imperfeita | BRA | Direção: Patrícia Yxapy e Sophia Pinheiro | 2018 | Sinopse: No filme, gravado entre o Rio Grande do Sul (Aldeia Ko’enju, em São Miguel das Missões) e Goiás, as duas mulheres trocam vídeo-cartas e revelam o processo de filmar uma à outra, compartilhando a intimidade, os conflitos e as questões que as atravessam material e espiritualmente.   

  • Virou Brasil | BRA | Direção: Pakea, Hajkaramykya, Arakurania, Petua, Arawtyta’ia, Sabiá e Paranya Awá Guajá | 2019 | Sinopse: Entre a vida na mata e as histórias antigas de seus avós, passando pela experiência do contato com a sociedade não-indígena, vivida por seus pais, uma nova geração de jovens Awá-Guajá nos conduz – com suas câmeras de vídeo – pelos caminhos que levaram sua terra a “virar Brasil”. Hoje, em meio ao assédio dos karaí no entorno e a proximidade com a ferrovia da Vale, no Maranhão – que leva obras, projetos e funcionários para dentro da aldeia – estão os desafios para manter a terra e as tradições, enquanto também assimilam-se os novos costumes.